É importante lembrar que, quando falamos sobre educação, estamos na verdade falando da capacidade do país em manter seu crescimento nas próximas décadas. E não há como se falar em educação hoje, sem considerar as características específicas da Geração Y e daquelas que a sucedem.
Longe de ser um fenômeno que simplesmente ocorreu, a Geração Y surgiu como fruto, entre outras coisas, de um cenário conturbado onde a educação ainda tem indicadores de qualidade pífios – se bem que com tendências consistentes de melhoria. Um quadro onde a preocupação com o futuro se mistura à desesperança, na medida em que se navega pelos diferentes extratos da sociedade e onde trabalho e estudo já não são vistos como meios viáveis de realização pessoal.
E engana-se quem pensa que o problema está atrelado à falta de recursos do governo para investir. Nações economicamente destacadas no mundo ombreiam com o Brasil – algumas ficam abaixo dele – quando o assunto é qualidade de ensino. O que significa dizer que há esperança para nós, desde que não a confundamos com a posição de quem espera por algo que aconteça por si só.
Na tentativa de melhorarmos este panorama, algumas ações como o ensino a distância, revitalização do ensino técnico, uso de novas mídias, Universidades Corporativas, entre outras, estão sendo incentivadas, de forma mais ou menos articulada. Tudo visando a preparação desta geração para a missão de conduzir o país a um futuro mais promissor e estável do que aquele que vislumbramos a cada marola da economia mundial.
Diante deste fato, urge uma discussão ampla sobre as diversas dificuldades encontradas por pais, educadores e organizações no trato com aquelas pessoas que progressivamente estão direcionando o mercado de consumo, assumindo posições de decisão dentro das empresas e, por fim, tomando as rédeas de um mundo que lhes é deixado como uma herança não muito alentadora.
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